Recôncavo pede ajuda
Por falta de times na região,
os torcedores optam pelos clubes da capital
os torcedores optam pelos clubes da capital
Por Calila Oliveira;
Daniela de Oliveira;
Mariana Cardoso.
O Campeonato Baiano é considerado relevante por ter sido o primeiro a ser organizado no nordeste e segundo no Brasil. A competição é realizada ininterruptamente há 103 anos, e tem como principais vencedores o Esporte Clube Bahia – 43 títulos –, o Esporte Clube Vitória – 24 títulos – e o Esporte Clube Ypiranga – 10 títulos. Existem em média 54 equipes por edição que preenchem as três divisões por ordem classificatória, e representa todo o estado.
“Todo o estado”? E onde está inserido o Recôncavo no Campeonato Baiano? Não há equipes na primeira divisão, e são contados a dedo os times que participam da segunda e da terceira categoria, com atuações discretas e colocações finais intermediárias. A mesma população que reclama do favorecimento da capital e do sul pelas autoridades políticas não tem a preocupação de investir em seus clubes para participar da disputa. As cidades desta região recebem verba regularmente para serem investidas no setor de desportos, para onde vai esse dinheiro?
Entretanto, a culpa não deve ser descarregada apenas no poder executivo dos municípios. Estes lugares costumam ter grupos (geralmente famílias) com grande poder aquisitivo e que fazem circular em seus estabelecimentos a maior parte da renda da população. A preocupação com o lucro é certa, e o compromisso social, onde fica?
“Todo o estado”? E onde está inserido o Recôncavo no Campeonato Baiano? Não há equipes na primeira divisão, e são contados a dedo os times que participam da segunda e da terceira categoria, com atuações discretas e colocações finais intermediárias. A mesma população que reclama do favorecimento da capital e do sul pelas autoridades políticas não tem a preocupação de investir em seus clubes para participar da disputa. As cidades desta região recebem verba regularmente para serem investidas no setor de desportos, para onde vai esse dinheiro?
Entretanto, a culpa não deve ser descarregada apenas no poder executivo dos municípios. Estes lugares costumam ter grupos (geralmente famílias) com grande poder aquisitivo e que fazem circular em seus estabelecimentos a maior parte da renda da população. A preocupação com o lucro é certa, e o compromisso social, onde fica?
Cachoeira, por exemplo, é uma cidade que tradicionalmente revela bons atletas, isso porque existem pessoas que, mesmo sem apoio financeiro, ainda se empenham para manter o esporte vivo no município. Gente como Altamirando Chaves, 72, presidente da Liga Cachoeirana de Desportos e atual diretor do Colônia Esportiva Cachoeirana (time nativo), acredita no esporte como um meio de desenvolvimento e reconhecimento do local.
Mas infelizmente não é só de boa vontade que se sustenta uma equipe de futebol e todos os profissionais que são envolvidos para o bom desenvolvimento dela. É preciso organização, só que para ela existir é necessário fazer um investimento no setor esportivo. A inserção de uma cidade como Cachoeira num campeonato como o Baiano não significaria apenas uma maior visibilidade do município nos cenários estadual e nacional por conta dos jogos televisionados, mas resultaria também numa mudança de vida de muitos jovens sem perspectivas que ingressariam no mundo do futebol. Além de gerar mais renda em dias de jogos na cidade, renda esta que poderia ser investida em outros projetos sociais.
Mas infelizmente não é só de boa vontade que se sustenta uma equipe de futebol e todos os profissionais que são envolvidos para o bom desenvolvimento dela. É preciso organização, só que para ela existir é necessário fazer um investimento no setor esportivo. A inserção de uma cidade como Cachoeira num campeonato como o Baiano não significaria apenas uma maior visibilidade do município nos cenários estadual e nacional por conta dos jogos televisionados, mas resultaria também numa mudança de vida de muitos jovens sem perspectivas que ingressariam no mundo do futebol. Além de gerar mais renda em dias de jogos na cidade, renda esta que poderia ser investida em outros projetos sociais.
Sem contar que, devido a essa ausência de times preparados e competentes, a população local acaba optando por torcer pelas equipes de maior tradição do estado e que, por coincidência ou não são da capital: Bahia e Vitória.
Bate-bola: briga de cachorro grande
Diferente dos times do Recôncavo, Bahia e Vitória hoje são as equipes de maior respaldo no estado. Não somente os habitantes de Salvador criaram vínculos com os times da própria capital, existem torcedores espalhados por toda a região.
Adroaldo Lafete, 48, e Alexandre Matos, 76, ambos residentes em Cachoeira mostram-se torcedores fanáticos pelo Bahia e pelo Vitória, respectivamente. Serão vistos a seguir trechos da conversa descontraída e com um ar provocativo que foi realizada com cada um deles.
Adroaldo Lafete, 48, e Alexandre Matos, 76, ambos residentes em Cachoeira mostram-se torcedores fanáticos pelo Bahia e pelo Vitória, respectivamente. Serão vistos a seguir trechos da conversa descontraída e com um ar provocativo que foi realizada com cada um deles.
É disso que o Recôncavo precisa: representação e investimento para que pessoas como Adroaldo e Alexandre possam ter orgulho e falar da mesma forma dos times nativos.
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