CULTURA
Os trilhos da poesia
Da crítica social ao saudosismo, a poesia percorre todos os cantos de Cachoeira
Hamurabi Dias, Rosivaldo Mercês e Deyvson Oliveira
Cachoeira é uma cidade cheia encantos e contrastes, um lugar onde a cultura popular é pulsante. O que muitos cachoeiranos não sabem é que a Cidade Heróica é também rica em poetas. Uma herança que vem do seu representante mais ilustre, Castro Alves, que nasceu em Cabaceiras do Paraguaçu, mas estudou em Cachoeira. A falta de conhecimento da população sobre essa riqueza literária decorre da ausência de veículos que publiquem os versos. Segundo o poeta Francisco Mello, de 91 anos, a cidade já possuiu cerca de 60 jornais literários. Hoje, não existe nenhum.
É difícil enumerar a quantidade de poetas em Cachoeira. Dos nossos entrevistados, ninguém vive exclusivamente da poesia. São aposentados, artistas plásticos e escultores, que passam o tempo a escrever belezas sobre sua terra. Ronivaldo Jesus de Souza, mais conhecido como “Rony Bom”, 37 anos, começou a escrever no final dos anos 80. Ele não é do tipo saudosista, prefere versar sobre problemas sociais. Também é artista plástico. Ele mostra seu quadro mais recente, que vai expor na IX Bienal do Recôncavo, intitulado Zylon B. Segundo ele, a obra retrata a perseguição nazista aos judeus. Rony tem uma publicação de antologia poética que reúne seus escritos e de mais dois co-autores. Todas as suas poesias estão guardadas. Algumas, ainda escritas a próprio punho, outras já digitadas, mas todas reveladoras de uma veia crítica.
RECONHECIMENTO - Roque Sacramento Sena, 62 anos, professor aposentado do estado, cursou faculdade de Estudos Sociais e possui pós-graduação em Administração Pública. A arte sempre foi presença forte em sua família. Passou 51 anos da sua vida em Feira de Santana, onde estudou em um convento e, aos 11 anos, escreveu os seus primeiros versos. Nunca escondeu sua paixão pela Cidade Heróica e, mesmo passando tantos anos fora, ela sempre foi sua principal fonte de criação. “As inspirações para fazer as minhas poesias vêm do cotidiano, da mulher, da paisagem, do Rio Paraguaçu da minha Cachoeira”, afirma Roque.
Sobre o reconhecimento do seu trabalho pela população, Roque é categórico ao dizer: “Santo de casa não faz milagre.” Para ele, os poetas de fora são mais valorizados que os da cidade. Enviou um projeto à Secretaria Municipal de Cultura, para a publicação de suas poesias mas, por questões burocráticas, não obteve aprovação. Ele ainda espera imprimir 50 exemplares para distribuir entre familiares, amigos e em bibliotecas da cidade. Roque não tem nenhum trabalho editado em livro, mas tem os originais de Cachoeira meu amor, livro com poesias que tratam somente sobre a cidade. Entre os autores de sua preferência são elencados Carlos Drummond de Andrade, Augusto do Anjos e Fernando Pessoa. Conterrâneos ele também cita, como Olga Pereira, Heraldo Cachoeira, Nelson Aragão e Sabino de Campos.
VERSOS RIMADOS - Francisco José de Mello impressiona pelo seu vigor literário. "Sou um devorador de livros", assume. Ao nos receber em sua casa, estava lendo A menina que roubava livros, de Markus Zusak. Curiosamente, apesar de cachoeirano, sua inspiração para começar a escrever poesias, aos 37 anos, foi o belo pôr-do-sol da cidade de Madre de Deus, onde trabalhava no almoxarifado da Petrobras, em 1957. Atualmente, não escreve mais poesias, porém as escritas retratam de forma apaixonada sua terra natal, suas ruas, seu povo, suas festas e seu tempo de menino, todas com um toque especial: ele é amante das rimas.
Hoje, concentra seus esforços escrevendo crônicas e ensaios. Já escreveu para o jornal A Ordem e também O Guarani. Seu motivo para migrar da poesia para a crônica (ele é autor de 50) é que, segundo Mello, a segunda opção é mais aceita pelo público. Ele tem duas obras publicadas: A História da Cachoeira e Coquetel Literário. O último reúne seus ensaios, crônicas e poesias. Ele diz que, além da publicação de um livro ser cara, a vendagem é pouca. Reclama também da insuficiência do acervo público. Em sua opinião, isso impede que os jovens se interessem pela leitura.
Francisco é admirador de Carlos Drummond de Andrade, Castro Alves, Casemiro de Abreu, Gonçalves Dias e mais outras levas de poetas. Morou por 10 anos em São Paulo, mas confessa que seu lugar sempre foi a cidade de Cachoeira. “Meus dois grandes amores foram minha esposa, com quem tive um casamento de 54 anos, e Cachoeira”, completa. Ele revela que tem um romance escrito, que decidiu não publicar, chamado Uma guinada de noventa graus, onde mostra sua crítica social. O motivo pela não publicação é que a história se passa na cidade do Rio de Janeiro.
Todos os seus textos estão datilografados e guardados. Em sua velha Olivetti, ele ainda escreve sobre personagens da cidade e de tempos remotos, mas seu brilhantismo na poesia o destaca no cenário poético de Cachoeira. “Eu agradeço a Deus todos os dias por ter conservado meus neorônios ativos”, fala Francisco, que deixa um conselho para os mais jovens: “Leiam, procurem ler bastante. É lendo que se faz cultura.”
H Menor
O problema
da minha magreza
não é produto
da inanição.
É que existem
coisas, de fato,
que não dá
para engolir.
Rony Bom
“Uma morena no alto do morro, Socorro
Cabrocha morena corpo de violão
Cabelos bem compridos era mesmo um morenão”
quinta-feira, 26 de junho de 2008
CULTURA
Os trilhos da poesia
Da crítica social ao saudosismo, a poesia percorre todos os cantos de Cachoeira
Hamurabi Dias, Rosivaldo Mercês e Deyvson Oliveira
Cachoeira é uma cidade cheia encantos e contrastes, um lugar onde a cultura popular é pulsante. O que muitos cachoeiranos não sabem é que a Cidade Heróica é também rica em poetas. Uma herança que vem do seu representante mais ilustre, Castro Alves, que nasceu em Cabaceiras do Paraguaçu, mas estudou em Cachoeira. A falta de conhecimento da população sobre essa riqueza literária decorre da ausência de veículos que publiquem os versos. Segundo o poeta Francisco Mello, de 91 anos, a cidade já possuiu cerca de 60 jornais literários. Hoje, não existe nenhum.
É difícil enumerar a quantidade de poetas em Cachoeira. Dos nossos entrevistados, ninguém vive exclusivamente da poesia. São aposentados, artistas plásticos e escultores, que passam o tempo a escrever belezas sobre sua terra. Ronivaldo Jesus de Souza, mais conhecido como “Rony Bom”, 37 anos, começou a escrever no final dos anos 80. Ele não é do tipo saudosista, prefere versar sobre problemas sociais. Também é artista plástico. Ele mostra seu quadro mais recente, que vai expor na IX Bienal do Recôncavo, intitulado Zylon B. Segundo ele, a obra retrata a perseguição nazista aos judeus. Rony tem uma publicação de antologia poética que reúne seus escritos e de mais dois co-autores. Todas as suas poesias estão guardadas. Algumas, ainda escritas a próprio punho, outras já digitadas, mas todas reveladoras de uma veia crítica.
RECONHECIMENTO - Roque Sacramento Sena, 62 anos, professor aposentado do estado, cursou faculdade de Estudos Sociais e possui pós-graduação em Administração Pública. A arte sempre foi presença forte em sua família. Passou 51 anos da sua vida em Feira de Santana, onde estudou em um convento e, aos 11 anos, escreveu os seus primeiros versos. Nunca escondeu sua paixão pela Cidade Heróica e, mesmo passando tantos anos fora, ela sempre foi sua principal fonte de criação. “As inspirações para fazer as minhas poesias vêm do cotidiano, da mulher, da paisagem, do Rio Paraguaçu da minha Cachoeira”, afirma Roque.
Sobre o reconhecimento do seu trabalho pela população, Roque é categórico ao dizer: “Santo de casa não faz milagre.” Para ele, os poetas de fora são mais valorizados que os da cidade. Enviou um projeto à Secretaria Municipal de Cultura, para a publicação de suas poesias mas, por questões burocráticas, não obteve aprovação. Ele ainda espera imprimir 50 exemplares para distribuir entre familiares, amigos e em bibliotecas da cidade. Roque não tem nenhum trabalho editado em livro, mas tem os originais de Cachoeira meu amor, livro com poesias que tratam somente sobre a cidade. Entre os autores de sua preferência são elencados Carlos Drummond de Andrade, Augusto do Anjos e Fernando Pessoa. Conterrâneos ele também cita, como Olga Pereira, Heraldo Cachoeira, Nelson Aragão e Sabino de Campos.
VERSOS RIMADOS - Francisco José de Mello impressiona pelo seu vigor literário. "Sou um devorador de livros", assume. Ao nos receber em sua casa, estava lendo A menina que roubava livros, de Markus Zusak. Curiosamente, apesar de cachoeirano, sua inspiração para começar a escrever poesias, aos 37 anos, foi o belo pôr-do-sol da cidade de Madre de Deus, onde trabalhava no almoxarifado da Petrobras, em 1957. Atualmente, não escreve mais poesias, porém as escritas retratam de forma apaixonada sua terra natal, suas ruas, seu povo, suas festas e seu tempo de menino, todas com um toque especial: ele é amante das rimas.
Hoje, concentra seus esforços escrevendo crônicas e ensaios. Já escreveu para o jornal A Ordem e também O Guarani. Seu motivo para migrar da poesia para a crônica (ele é autor de 50) é que, segundo Mello, a segunda opção é mais aceita pelo público. Ele tem duas obras publicadas: A História da Cachoeira e Coquetel Literário. O último reúne seus ensaios, crônicas e poesias. Ele diz que, além da publicação de um livro ser cara, a vendagem é pouca. Reclama também da insuficiência do acervo público. Em sua opinião, isso impede que os jovens se interessem pela leitura.
Francisco é admirador de Carlos Drummond de Andrade, Castro Alves, Casemiro de Abreu, Gonçalves Dias e mais outras levas de poetas. Morou por 10 anos em São Paulo, mas confessa que seu lugar sempre foi a cidade de Cachoeira. “Meus dois grandes amores foram minha esposa, com quem tive um casamento de 54 anos, e Cachoeira”, completa. Ele revela que tem um romance escrito, que decidiu não publicar, chamado Uma guinada de noventa graus, onde mostra sua crítica social. O motivo pela não publicação é que a história se passa na cidade do Rio de Janeiro.
Todos os seus textos estão datilografados e guardados. Em sua velha Olivetti, ele ainda escreve sobre personagens da cidade e de tempos remotos, mas seu brilhantismo na poesia o destaca no cenário poético de Cachoeira. “Eu agradeço a Deus todos os dias por ter conservado meus neorônios ativos”, fala Francisco, que deixa um conselho para os mais jovens: “Leiam, procurem ler bastante. É lendo que se faz cultura.”
H Menor
O problema
da minha magreza
não é produto
da inanição.
É que existem
coisas, de fato,
que não dá
para engolir.
Rony Bom
“Uma morena no alto do morro, Socorro
Cabrocha morena corpo de violão
Cabelos bem compridos era mesmo um morenão”
Roque Sena
Os trilhos da poesia
Da crítica social ao saudosismo, a poesia percorre todos os cantos de Cachoeira
Hamurabi Dias, Rosivaldo Mercês e Deyvson Oliveira
Cachoeira é uma cidade cheia encantos e contrastes, um lugar onde a cultura popular é pulsante. O que muitos cachoeiranos não sabem é que a Cidade Heróica é também rica em poetas. Uma herança que vem do seu representante mais ilustre, Castro Alves, que nasceu em Cabaceiras do Paraguaçu, mas estudou em Cachoeira. A falta de conhecimento da população sobre essa riqueza literária decorre da ausência de veículos que publiquem os versos. Segundo o poeta Francisco Mello, de 91 anos, a cidade já possuiu cerca de 60 jornais literários. Hoje, não existe nenhum.
É difícil enumerar a quantidade de poetas em Cachoeira. Dos nossos entrevistados, ninguém vive exclusivamente da poesia. São aposentados, artistas plásticos e escultores, que passam o tempo a escrever belezas sobre sua terra. Ronivaldo Jesus de Souza, mais conhecido como “Rony Bom”, 37 anos, começou a escrever no final dos anos 80. Ele não é do tipo saudosista, prefere versar sobre problemas sociais. Também é artista plástico. Ele mostra seu quadro mais recente, que vai expor na IX Bienal do Recôncavo, intitulado Zylon B. Segundo ele, a obra retrata a perseguição nazista aos judeus. Rony tem uma publicação de antologia poética que reúne seus escritos e de mais dois co-autores. Todas as suas poesias estão guardadas. Algumas, ainda escritas a próprio punho, outras já digitadas, mas todas reveladoras de uma veia crítica.
RECONHECIMENTO - Roque Sacramento Sena, 62 anos, professor aposentado do estado, cursou faculdade de Estudos Sociais e possui pós-graduação em Administração Pública. A arte sempre foi presença forte em sua família. Passou 51 anos da sua vida em Feira de Santana, onde estudou em um convento e, aos 11 anos, escreveu os seus primeiros versos. Nunca escondeu sua paixão pela Cidade Heróica e, mesmo passando tantos anos fora, ela sempre foi sua principal fonte de criação. “As inspirações para fazer as minhas poesias vêm do cotidiano, da mulher, da paisagem, do Rio Paraguaçu da minha Cachoeira”, afirma Roque.
Sobre o reconhecimento do seu trabalho pela população, Roque é categórico ao dizer: “Santo de casa não faz milagre.” Para ele, os poetas de fora são mais valorizados que os da cidade. Enviou um projeto à Secretaria Municipal de Cultura, para a publicação de suas poesias mas, por questões burocráticas, não obteve aprovação. Ele ainda espera imprimir 50 exemplares para distribuir entre familiares, amigos e em bibliotecas da cidade. Roque não tem nenhum trabalho editado em livro, mas tem os originais de Cachoeira meu amor, livro com poesias que tratam somente sobre a cidade. Entre os autores de sua preferência são elencados Carlos Drummond de Andrade, Augusto do Anjos e Fernando Pessoa. Conterrâneos ele também cita, como Olga Pereira, Heraldo Cachoeira, Nelson Aragão e Sabino de Campos.
VERSOS RIMADOS - Francisco José de Mello impressiona pelo seu vigor literário. "Sou um devorador de livros", assume. Ao nos receber em sua casa, estava lendo A menina que roubava livros, de Markus Zusak. Curiosamente, apesar de cachoeirano, sua inspiração para começar a escrever poesias, aos 37 anos, foi o belo pôr-do-sol da cidade de Madre de Deus, onde trabalhava no almoxarifado da Petrobras, em 1957. Atualmente, não escreve mais poesias, porém as escritas retratam de forma apaixonada sua terra natal, suas ruas, seu povo, suas festas e seu tempo de menino, todas com um toque especial: ele é amante das rimas.
Hoje, concentra seus esforços escrevendo crônicas e ensaios. Já escreveu para o jornal A Ordem e também O Guarani. Seu motivo para migrar da poesia para a crônica (ele é autor de 50) é que, segundo Mello, a segunda opção é mais aceita pelo público. Ele tem duas obras publicadas: A História da Cachoeira e Coquetel Literário. O último reúne seus ensaios, crônicas e poesias. Ele diz que, além da publicação de um livro ser cara, a vendagem é pouca. Reclama também da insuficiência do acervo público. Em sua opinião, isso impede que os jovens se interessem pela leitura.
Francisco é admirador de Carlos Drummond de Andrade, Castro Alves, Casemiro de Abreu, Gonçalves Dias e mais outras levas de poetas. Morou por 10 anos em São Paulo, mas confessa que seu lugar sempre foi a cidade de Cachoeira. “Meus dois grandes amores foram minha esposa, com quem tive um casamento de 54 anos, e Cachoeira”, completa. Ele revela que tem um romance escrito, que decidiu não publicar, chamado Uma guinada de noventa graus, onde mostra sua crítica social. O motivo pela não publicação é que a história se passa na cidade do Rio de Janeiro.
Todos os seus textos estão datilografados e guardados. Em sua velha Olivetti, ele ainda escreve sobre personagens da cidade e de tempos remotos, mas seu brilhantismo na poesia o destaca no cenário poético de Cachoeira. “Eu agradeço a Deus todos os dias por ter conservado meus neorônios ativos”, fala Francisco, que deixa um conselho para os mais jovens: “Leiam, procurem ler bastante. É lendo que se faz cultura.”
H Menor
O problema
da minha magreza
não é produto
da inanição.
É que existem
coisas, de fato,
que não dá
para engolir.
Rony Bom
“Uma morena no alto do morro, Socorro
Cabrocha morena corpo de violão
Cabelos bem compridos era mesmo um morenão”
Roque Sena
“Beber, cair e levantar”
Daiane Arllin Caribé, Daniela Oliveira e Lorena Souza
Os jovens parecem estar cada vez mais embalados pelos hits mais tocados atualmente nas rádios, como “vamo simbora, pro bar, beber, cair e levantar”, ou, “ alô... to num bar, chego já...”, entre outros, bem conhecidos por estes adolescentes que cantam e fazem destas músicas uma filosofia de vida, um exemplo a ser seguido.
O uso de drogas lícitas e ilícitas é cada vez mais precoce, a média de idade do primeiro contato com o álcool e com o tabaco é de aproximadamente 12,5 anos. Em aproximadamente 80% dos bares, os jovens não encontram nenhuma resistência para a compra de bebidas. Quanto mais cedo o uso dessas substâncias maiores são as chances de que esse adolescente apresente algum tipo de dependência na fase adulta. Segundo especialistas, o consumo causa problemas na aprendizagem e até mentais. A maior parte dos alcoólatras começou a sua dependência ainda na adolescência. O alcoolismo pode causar perdas restritas de memória, demência, alucinações, delírios e mudanças de humor, entre outros fatores. Por isso o uso abusivo de bebidas e do tabaco, entre os jovens, são os fatores que mais preocupam a saúde publica, devido ao fato de que a maior parte das internações por dependência química são relacionadas ao álcool. Além é claro, deste uso também afetar o índice de acidentes de carro, atropelos e brigas.
Segundo a lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996 do Código Penal, além dos vários itens citados no Estatuto da Criança e do Adolescente. O Art. 243, por exemplo, salienta que vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida seja crime, cuja pena varia de 2 (dois) a 4 (quatro) anos de detenção, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. Mesmo cientes disso, é comum encontrarmos jovens comprando bebidas alcoólicas com facilidade, além é claro daqueles que usam um adulto ou um amigo com mais de 18 anos para obtê-las.
A realidade de adolescentes menores de 18 anos que consomem bebidas alcoólicas indiscriminadamente, é geralmente observada em muitas metrópoles e agora pode ser vista também em Cachoeira. Donos de bares da cidade, dizem que seguem as leis e até colam os cartazes emitidos pelo Conselho Tutelar. Cristovaldo Sacramento da Silva, funcionário do Bar Night and Day, diz não vender a menor nem mesmo quando estes alegam que a bebida não será para consumo próprio e sim dos pais. Já a senhora Francine Torres, proprietária do bar Bazar Vale do Paraguaçu admite não pedir documento de identidade e nem questionar a idade do adolescente, mas ressalta: “Não vendo para crianças”.
A resistência encontrada para a venda para esses adolescentes é maior se o vendedor apresentar idade superior a 30 anos, entretanto se o mesmo for do sexo masculino esta resistência diminui. As poucas pessoas que deixam de vender bebidas alcoólicas fazem isso por convicção pessoal e não por receio de ser fiscalizado ou punido. Os comerciantes não parecem muito preocupados com os resultados de suas vendas, a própria indústria não fica atrás. O crescimento do mercado para as fabricantes ocorre com o aumento de consumo de álcool nas faixas etárias mais baixas.
O adolescente L.H.C., 13 anos, nunca encontrou relutância para comprar álcool, principalmente em bares do bairro onde mora, e acrescenta que geralmente bebe quando está com os pais ou familiares. Um outro jovem, de 16 anos, afirma que começou a beber em companhia dos pais e não encontra dificuldade ao comprar qualquer tipo de bebida alcoólica. A.P.M., da mesma idade, também nunca teve problemas para conseguir comprar cerveja. “Meus pais sabem que nunca vou fazer nada de errado por causa disso”, diz.
Nota-se que o uso de bebida está ocorrendo cada vez mais cedo e com a conivência dos pais, que aceitam e até incentivam os filhos a beberem, principalmente se estes forem meninos. É uma questão arraigada na cultura destes indivíduos, e é ainda mais freqüente entre os jovens da classe média e baixa.
O Conselho Tutelar é responsável apenas pela parte burocrática, fazendo um trabalho de fiscalização e advertência. Segundo o conselheiro Luis Nascimento Amorim, as fiscalizações realizadas na cidade de Cachoeira acontecem anualmente e são intensificadas em épocas de festa, com advertências verbais e portarias expedidas pelo juiz, inclusive com a colagem de cartazes de alerta em todos os bares da cidade. Se houver reincidência, é enviada a queixa ao Ministério Público, ocasionando a notificação aos pais dos adolescentes e o fechamento do bar por parte do Poder Judiciário, pois só este tem poder de fechar os estabelecimentos comerciais.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Pesquisa para entrevista
Pesquisar na plataforma Lattes pelo nome:
Mestre Luis Claudio Dias Nascimento
Mestre Luis Claudio Dias Nascimento
domingo, 8 de junho de 2008
Pauta 1ª Edição-Gustavo Medeiros e Orlando Silva
Retranca:Serviço de auto falantes/Recôncavo
É muito comum ir a uma cidadezinha do interiore encontrar na praça principal e nas ruas circuvizinhas varias caixas de som(as vezes bocas de megafone)instalados nos postes e no tronco das árvores.Precurssor das estações de radio AM e FM nestes locais,o serviço de auto falantes(ou Paco-Paco como são carinhosamente conhecidos) é,ainda,um meio importante de comunicação,pois tambem tem a função de informar e entreter.Nas cidades do recôncavo não é diferente.
A meta desta materia é entrar neste universo romantico e atualmente esquecido,devido ao avanço tecnologico dos meios de comunicação e mostrar a realidade que este mass media enfrenta,principalmente nas cidades de Cruz das Almas e Cachoeira,alem de relatar a sobre a influência que este meio exerce nos dias de hoje nesses municipios.A intenção é ouvir os donos e locutores da Rede Lider de Publicidade e Radio Comunitaria A Voz do Planalto(Cruz das Almas) e Franco Publicidade(Cachoeira),alem de procurar historias interessantes que envolve o velho conhecido Paco-Paco.
É muito comum ir a uma cidadezinha do interiore encontrar na praça principal e nas ruas circuvizinhas varias caixas de som(as vezes bocas de megafone)instalados nos postes e no tronco das árvores.Precurssor das estações de radio AM e FM nestes locais,o serviço de auto falantes(ou Paco-Paco como são carinhosamente conhecidos) é,ainda,um meio importante de comunicação,pois tambem tem a função de informar e entreter.Nas cidades do recôncavo não é diferente.
A meta desta materia é entrar neste universo romantico e atualmente esquecido,devido ao avanço tecnologico dos meios de comunicação e mostrar a realidade que este mass media enfrenta,principalmente nas cidades de Cruz das Almas e Cachoeira,alem de relatar a sobre a influência que este meio exerce nos dias de hoje nesses municipios.A intenção é ouvir os donos e locutores da Rede Lider de Publicidade e Radio Comunitaria A Voz do Planalto(Cruz das Almas) e Franco Publicidade(Cachoeira),alem de procurar historias interessantes que envolve o velho conhecido Paco-Paco.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Olá!
Confirmada a entrevista com Cacau Nascimento, historiador, pesquisador e autor dos livros
Presença do Candomblé na Irmandade da Boa Morte: uma investigação etnográfica sobre ritos mortuários e religiosidade afro-baiana. Projeto de Dissertação de Mestrado. Salvador: UFBA, 2001 e A Capela d´Ajuda já deu o sinal: relações de poder e religiosidade em Cachoeira. Cachoeira: CEAO, 1995.
Abraços!!!
Palloma Braga
Matéria falando sobre a boa morte e que faz referência a Cacau
http://www.irohin.org.br/onl/new.php?sec=reportagem&id=105
Matéria sobre a Igreja de N. Sra. do Rosário dos Pretos e também tem relatos de Cacau
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2006/08/25/materia.2006-08-25.2847805660/view
Confirmada a entrevista com Cacau Nascimento, historiador, pesquisador e autor dos livros
Presença do Candomblé na Irmandade da Boa Morte: uma investigação etnográfica sobre ritos mortuários e religiosidade afro-baiana. Projeto de Dissertação de Mestrado. Salvador: UFBA, 2001 e A Capela d´Ajuda já deu o sinal: relações de poder e religiosidade em Cachoeira. Cachoeira: CEAO, 1995.
Abraços!!!
Palloma Braga
Matéria falando sobre a boa morte e que faz referência a Cacau
http://www.irohin.org.br/onl/new.php?sec=reportagem&id=105
Matéria sobre a Igreja de N. Sra. do Rosário dos Pretos e também tem relatos de Cacau
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2006/08/25/materia.2006-08-25.2847805660/view
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Cancelada a entrevista
Olá Leandro e colegas, estou informando que Edson Gomes, por motivos de trabalhos não poderá comparecer à entrevista. Ele me avisou ontem às 21h e não pude postar no blog, porque não tinha lan house aberta neste horário. Ele pede desculpas.
Abraços
Calila
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